Fernando Caeiros, um dos cinco “dinossauros” do Poder Local português, garantiu ao “CA” (Correio Alentejo) que não voltará a ser candidato à Câmara de Castro Verde: “Não está nos meus planos e não perspectivo que haja razões para os alterar”. O autarca é presidente desde 1976, tal como Mesquita Machado (Braga), Álvaro Pedro (Alenquer), Jaime Soares (Vila Nova de Poiares) e Vítor Martelo (Reguengos de Monsaraz).Não é a primeira vez que o eleito da CDU faz uma afirmação deste tipo. Actualmente a cumprir o seu nono mandato, Caeiros assegura que “estão agora reunidas condições” para recusar uma nova candidatura. “As pessoas contam, mas os grandes projectos do concelho são consensuais e têm condições para prosseguir.”Amigo do autarca, militante do PCP e antigo presidente da Câmara de Alvito, José Lopes Guerreiro não aceita esta argumentação e defende que Fernando Caeiros “deverá mais uma vez aceitar um novo desafio para continuar”. “Estou convencido de que só abandonará a presidência da sua Câmara Municipal por força da nova lei.”No seio dos comunistas de Castro Verde, os apoios persistem. Manuel dos Santos, dirigente do partido e presidente de uma Junta de Freguesia, defende que “o concelho precisa” de Caeiros e “as alternativas não são muitas”. “O cidadão comum e os militantes do partido querem a continuidade”, advoga.Leandro Gonçalves, dirigente do PS, assinala que a longevidade de Caeiros no poder “tem uma relação com a vontade das populações”, mas avisa que, se o autarca for candidato em 2009, “haverá uma quebra de compromisso porque sempre disse o contrário”.
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