segunda-feira, outubro 13, 2008

Erro faz vinho sair pelas torneiras em cidade italiana

Moradores da cidade italiana de Marino, na região central do país, foram surpreendidos com o que parecia ser um milagre: das torneiras de suas casas começou a jorrar vinho branco, em vez de água.
O inusitado incidente ocorreu no último domingo, durante a abertura da 84ª edição da Festa da Uva de Marino – a mais famosa festividade do estilo no país.
Tradicionalmente, para marcar o início da Festa, milhares de moradores fazem uma contagem regressiva ao redor da Fonte dei Quattro Mori, no centro da cidade, para ver a "transformação da água em vinho", quando a fonte passa a jorrar, ao invés de água, uma boa qualidade de vinho branco.
Todos os anos, a Fonte é abastecida com barris de três mil litros de vinho para garantir o sucesso das celebrações. No entanto, os responsáveis pelo abastecimento das fontes de água espalhadas pelas ruas da cidade giraram a alavanca errada no momento da abertura da Festa e, em vez de enviarem vinho para a Fonte, mandaram a bebida para casas da cidade.

'Milagre'
Algumas donas de casa de Marino – que possui cerca de 40 mil habitantes – estranharam o odor familiar que saía das torneiras e foram as primeiras a notar que não se tratava de água.
Uma moradora estranhou o cheiro quando limpava o chão de sua casa. Mas não reclamou, porque considerou o odor agradável. O mesmo ocorreu em outros condomínios.
Muitos acreditaram se tratar de um milagre da Virgem do Rosário, a padroeira da Festa da Uva mais famosa da Itália.
Sem saber o que se passava nas casas, milhares de moradores, que aguardavam ansiosos a abertura das festividades com copos de plástico nas mãos, se decepcionaram ao ver jorrar da Fonte nada mais do que água.
As autoridades avisaram que o problema seria solucionado o mais rápido possível e, depois de dez minutos, o vinho começou a jorrar da Fonte normalmente.
Segundo o prefeito de Marino, Adriano Palozzi, ainda não se sabe a quantidade exata de vinho que foi desperdiçada.

O prefeito disse que o incidente foi 'simpático'
De acordo com ele, o incidente ocorreu devido a uma falha humana, que deve ser minimizada.
"Foi um erro técnico não previsto, que acabou se transformando numa coisa simpática para as pessoas", disse o prefeito à BBC Brasil.
"É uma coisa que pode acontecer, porque o trabalho é todo feito manualmente", afirmou.
"Resolvemos tudo em poucos instantes sem ocasionar qualquer problema para quem estava na festa e para quem ficou em casa naquele momento", disse Palozzi

Valquíria Rey
De Roma para a BBC Brasil

segunda-feira, outubro 06, 2008

Lei sobre o pluralismo...

Na passada sexta-feira a Assembleia da República aprovou com os votos do PS, uma proposta de lei sobre o pluralismo e a concentração dos meios de comunicação social.

Esta Lei assume como perigosa, a influência de qualquer meio de comunicação que alcance, no respectivo sector, 50% de audiência, porque os ouvintes, os leitores ou os telespectadores os escolheram livremente.

Assim sendo, Augusto Santos Silva decidiu propor ao Parlamento que os meios de comunicação que tiverem o mérito de atingir audiências superiores a 50%, passam a estar condicionados no seu desenvolvimento e são obrigatoriamente sujeitos a inspecções e processos que atingem a sua própria organização interna.

Mas será que o camarada não anseia por maiorias absolutas?

Os partidos de governo sempre reivindicaram maiorias absolutas, mas no caso da Comunicação Social a livre escolha dos cidadãos é vista com maus olhos.

Porque será?

De acordo com a lei agora aprovada, um grupo de rádios generalistas que atinja os 50% de audiência passará a estar sujeito a um universo de averiguações constantes por parte da ERC, que podem mesmo chegar à adopção de medidas de salvaguarda, o que pode implicar a proibição de aquisições e fusões, restrições à participação em concursos para alvarás e, espantem-se, até à retirada de frequências...

Ora se esta lei se aplicasse aos partidos políticos, aqueles que atingissem maiorias absolutas, não só passariam a ter uma fiscalização mais apertada, como ainda teriam, na pior das hipóteses, de dispensar alguns dos lugares ganhos democraticamente a quem não tinha tido a capacidade de os conquistar...

Sejamos realistas: ESTA LEI NÃO FAZ SENTIDO