quarta-feira, dezembro 06, 2006

Fim do acordo PS CDU

O PS e a CDU de Alenquer rescindiram o acordo eleitoral celebrado à um ano.
Já se disse muita coisa, mas falemos verdade:
Não se pode exigir um aumento de verbas quando o orçamento vai ser reduzido em 7,5 milhões de euros.
Não se pode exigir mais pessoal quando o único vereador com direito a colaborador directo é precisamente o que pede mais.
Não se pode chantagear para ir mais longe, e depois pedir desculpa e fazer de conta que nada se passou...
O Vereador Catarino foi o melhor vereador da juventude que existiu em Alenquer.
É pena é que o seu próprio partido o queira transformar num fantoche, tendo hipotecado todo o seu trabalho...

sábado, novembro 18, 2006

Portugal entre os melhores

Os resultados alcançados na luta contra a sinistralidade rodoviária estão a colocar Portugal no topo da Europa. Fomos os segundos melhores nos últimos 12 meses. «É preciso dizer que também somos capaz de ter bons resultados»


A União Europeia estabeleceu como objectivo a redução da sinistralidade rodoviária em 50 por cento para 2010. Portugal é um dos países que está mais perto de chegar a essa meta. As reduções no número de acidentes e mortos nas estradas portuguesas colocaram Portugal no top cinco da Europa.
A 25 de Outubro os principais responsáveis, de cada estado membro, pela sinistralidade rodoviária reuniram-se, em Zurique, para avaliar a prestação de cada país. Entre 2001 e 2005, Portugal foi o quarto país a obter melhores resultados no combate aos acidentes de trânsito. França, Luxemburgo e Bélgica fizeram ainda melhor.
«Estes dados revelam que Portugal tem reduzido a sinistralidade de uma forma sustentada. Estamos acima do objectivo médio da União Europeia», revelou ao PortugalDiário o major Lourenço da Silva, da Brigada de Trânsito da GNR.
Já nos indicadores rápidos, nomeadamente no número de mortos, Portugal está ainda mais à frente. De Outubro de 2005 a Outubro de 2006 os resultados portugueses são os segundos melhores em vítimas mortais. À frente de Portugal só está a Finlândia, que, no entanto, está em 15º nos resultados dos últimos quatro anos.
Há também quem tenha aumentado o número de mortos na estrada. A Eslovénia, a Irlanda e Malta está no fim da tabela. A percentagem média de redução nas vítimas mortais ronda os 8 por cento nos países europeus. Portugal regista valores que rondam «os 18 a 20 por cento. Não há memória de valores assim», contou.
Os bons resultados de Portugal acontecem porque durante anos fomos um dos piores na sinistralidade rodoviária em toda a Europa. «É verdade que a evolução só é possível porque estávamos na causa, no entanto, é preciso dizer que também somos capaz de ter bons resultados e evoluir», sustentou a mesma fonte.


Cláudia Lima da Costa

terça-feira, novembro 14, 2006

Editorial Nova Verdade Edição 733 - 15/11/2006

Quando na segunda-feira acordei, pensei estar a sonhar…
A vila de Alenquer estava com movimento.
As pessoas estavam na rua.
O trânsito fazia lembrar a segunda circular.
Não, não era uma revolução.
Parti em busca da fonte do movimento.
A zona do “Areal” parecia a rua Augusta em dia de saldos…
Continuei em busca de uma explicação para tal, e eis que…
Cheguei ao mercado mensal…
Devido às obras de requalificação da zona da Romeira, a câmara foi “obrigada” a transferir o mercado para a zona do parque das Tílias e para o parque do Areal, numa medida desde logo criticada quer pela oposição quer pelos próprios feirantes.
No entanto, enquanto alenquerense, não critico a medida, bem pelo contrário.
Alenquer ganhou movimento, o comércio também, as pessoas voltaram ao centro da vila, logo a vila presépio parece ter ficado a ganhar.
Já na passada semana outro tema aqueceu a politica alenquerense. A Comissão Municipal de Acompanhamento do novo Aeroporto, reuniu pela primeira vez com a NAER, tendo o presidente desta comissão emitido uma nota de imprensa, que de imediato veio a ser criticada quer pela CPNT quer pela ALAMBI.
Quem também não se esquece do aeroporto é Álvaro Pedro, presidente da Câmara Municipal de Alenquer desde 1976. Em grande entrevista, o autarca dinossauro fala das suas principais batalhas e reflecte sobre o que pode vir a ser o futuro de Alenquer e do município.
Na próxima edição encerramos o ciclo de entrevistas com os presidentes de câmara da nossa área de cobertura, ouvindo Carlos Lourenço, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos.
No que ao desporto diz respeito, o Sport Alenquer e Benfica continua a somar vitórias enquanto a Associação Desportiva do Carregado teima em não “matar o borrego”, ou seja, vencer fora de casa.
Ainda no desporto, destaque para o alenquerense Hugo Vítor, que na próxima temporada regressa ao Boavista com a esperança de voltar a atingir níveis de outros tempos, em especial na Volta a Portugal em bicicleta.

Editorial Nova Verdade Edição 732 - 1/11/2006

No passado dia 16 de Outubro “comemorou-se” um ano sobre as eleições autárquicas de 2005. Por esse motivo, iniciamos nesta edição um ciclo de entrevistas aos presidentes de câmara da região, para o balanço de um ano de mandato.
António Bogalho foi eleito pela primeira vez como presidente de Câmara do Sobral de Monte Agraço com 22 anos. Em Outubro do ano passado, foi eleito pela CDU, para o oitavo mandato. Na hora de fazer o balanço do primeiro ano deste mandato, numa entrevista ao Nova Verdade, o autarca comunista fala sobre os projectos em curso e do que foi feito. Bogalho não se sente um dinossauro da política, e não coloca de parte a hipótese de se voltar a candidatar à presidência no próximo mandato.
Na próxima edição será a vez de Álvaro Pedro fazer o seu balanço.
Também em jeito de balanço, num debate promovido na Voz de Alenquer, PS e CDU afirmaram que ao fim de um ano de gestão conjunta o balanço é positivo. Já a CPNT afirma que existem duas Câmaras em Alenquer – a do PS e a da CDU.
Já no passado dia 28 de Outubro, comemoraram-se os 150 anos dos caminhos-de-ferro portugueses. Neste dia, 75 crianças da Escola Básica Integrada do Carregado viajaram no comboio mais antigo em circulação no país, num trajecto que ligou Carregado a Lisboa, fazendo assim a viagem inaugural do troço Lisboa-Carregado, mas no sentido contrário.
Em Vila Franca foi lançada uma exposição alusiva ao tema. Já Alenquer parece ter ficado a ver passar os comboios…
Talvez tenha sido uma forma de protesto, pelo facto de 150 anos depois, ainda não ter passado do papel, o projecto do Governo do Rei D. Pedro V, que previa a ligação ferroviária ao alto concelho.
Para finalizar quero aqui deixar uma breve explicação. Nos últimos tempos temos recebido algumas cartas, para publicação ou investigação. O problema é que as mesmas nem sempre estão devidamente identificadas – Nome, BI, Morada e Telefone – o que impossibilita os jornalistas de exercerem o seu trabalho, uma vez que incorrem no incumprimento do Artº6º do seu Código Deontológico e que diz o seguinte:
“O jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas.”
Continuamos, obviamente, ansiosos por receber a sua colaboração para levar cada vez mais longe este projecto editorial, desde que possamos cumprir as regras que nos regem.

Editorial Nova Verdade Edição 731 - 15/10/2006

No passado dia 3 de Outubro, a maioria dos deputados municipais de Alenquer recusou uma proposta efectuada pela Coligação Pela Nossa Terra, que pretendia a realização de um referendo local sobre a construção de um aeroporto na freguesia da Ota.
Como argumento para o “chumbo”, os deputados da CDU e do PS entenderam que tal assunto extravasa as competências do poder local e que o mesmo poderia ser “enganoso” para as populações.
Ainda no que à política diz respeito, uma nova polémica parece ter nascido, uma vez que a Câmara de Alenquer e a Junta do Carregado parecem estar em desacordo no nome a dar à nova ponte sobre o Tejo.
A câmara defende o nome de Damião de Góis, a junta defende o nome de Lezíria.
Mas desengane-se quem pensa que a polémica fica por aqui, já que nenhum dos partidos parece ter opinião formada, já que o voto na câmara foi diferente do da junta, e os seus líderes têm também discursos contrários.
Esta polémica deve morrer cedo – vai ser a Brisa a decidir – mas tráz a lume uma discussão interessante, e que passa por tentar perceber, afinal, qual é o peso e influência do Rio Tejo no concelho de Alenquer.
Em termos desportivos, a quinzena voltou a ser bastante fértil.
Sérgio Silva e Duarte Marques trouxeram mais dois títulos para a Sociedade Recreativa do Camarnal. O primeiro venceu no europeu, o segundo no nacional.
O “resistente” Troféu Regional Ralis de Alenquer chegou ao final, numa temporada em que o espectáculo esteve sempre presente apesar do claro domínio de José Merceano.
Todos esperamos que na próxima temporada este magnífico troféu volte às estradas, de preferência com mais apoios do que tem tido, uma vez que o concelho de Alenquer tem ganho, e muito, com esta iniciativa.
Os amantes da modalidade agradecem e Alenquer também.

Editorial Nova Verdade Edição 730 - 1/10/2006

Esta quinzena foi fértil em bons resultados desportivos para os atletas alenquerenses.
Rui Sousa venceu mais uma prova, Sérgio Silva trouxe mais um título para a Sociedade Recreativa do Camarnal, Pedro Lamy venceu o campeonato da Le Mans Endurance Series, Vítor Viçoso revalidou o título de campeão nacional de perícia, Eduardo Henriques brilhou na Meia Maratona ao atingir a terceira posição, logo atrás dos incontornáveis quenianos e a “nossa” equipa de Horseball passou às meias-finais da Taça de Portugal.
Foi, sem dúvida uma quinzena notável para o desporto alenquerense, demonstrando que afinal temos muitos e bons valores no nosso concelho, e que, quando se aposta a sério numa determinada modalidade, os frutos acabam por surgir, com mais ou menos dificuldades.
Podemos também concluir que temos cada vez mais ícones desportivos no nosso concelho, ícones esses que devem ser aproveitados para incentivar os mais jovens a praticar desporto, para que possamos continuar com esta cadência de campeões.
Nesta mesma quinzena, o processo aeroporto conheceu novos desenvolvimentos.
Mário Lino – Ministro das Obras Públicas – afirmou que não existe alternativa ao Aeroporto da Ota, Fernando Rodrigues – Presidente da Assembleia Municipal de Alenquer – convocou a Comissão de Acompanhamento do Aeroporto e uma Assembleia Municipal Extraordinária sobre o tema, a Coligação Pela Nossa Terra apresentou a sua proposta de referendo local sobre o mesmo e agendou uma reunião pública sobre a questão.
Resumindo, o aeroporto entrou finalmente em ebulição, a discussão está lançada, resta agora saber se esta vai levar ou não ao esclarecimento público.
Todos esperamos que sim.
Não posso terminar esta minha odisseia, que é escrever o meu primeiro editorial, sem desejar as rápidas melhoras à “nossa” directora, desejando que a sua pena nos volte a deliciar quinzena após quinzena.

sexta-feira, setembro 15, 2006

• ABORTO/REFERENDO - Projecto do PS votado a 19 de Outubro


Na conferência de líderes que se realizou esta quinta-feira, o PS reservou para essa data um agendamento potestativo, direito de um partido fixar a ordem do dia.«Será usado para discutir o nosso projecto em matéria de aborto», confirmou o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, à saída da reunião.O PS vai entregar sexta-feira, primeiro dia da nova sessão legislativa, o projecto de resolução que pede a realização de um novo referendo sobre Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).Os socialistas irão representar o projecto de resolução aprovado em Outubro pelo Parlamento, mas que foi depois inviabilizado pelo Tribunal Constitucional, que considerou que o tema só poderia voltar ao Parlamento numa nova sessão legislativa, que começa sexta-feira.Entretanto, fonte de Belém disse à agência Lusa que o Presidente da República, Cavaco Silva, deverá dar seguimento à proposta do PS para a realização de um novo referendo sobre o aborto.Na conferência de líderes foi também anunciado que o Governo vai entregar, no Parlamento, a proposta do Orçamento de Estado para 2007 a 16 de Outubro, sendo que a votação final global do documento deverá acontecer no final de Novembro.

terça-feira, agosto 01, 2006

Novo aeroporto cria 28 mil postos de trabalho

"A empresa que projecta o novo aeroporto de Lisboa, a NAER SA, divulgou hoje em Azambuja que estima que nos concelhos envolventes ao aeroporto venham a ser criados 28 mil postos de trabalho.
De acordo com uma exposição inaugurada hoje pela NAER em Azambuja, o futuro aeroporto potenciará a criação de 28 mil postos de trabalho na área envolvente e outros tantos empregos directos na data da abertura.
Um dos concelhos mais próximos da área de implantação do novo aeroporto é Azambuja e o outro é Alenquer.
O aumento das oportunidades de emprego é bem visto pela autarquia local mas para o presidente da Câmara de Azambuja, Joaquim Ramos "esse efeito só se notará daqui a alguns anos".
O presidente da Câmara disse à Lusa que "o aeroporto potencia o desenvolvimento do concelho mas não resolverá problemas como o da GM (General Motors) que vai encerrar a unidade que tem na Azambuja", e que deixará no final deste ano 1200 pessoas sem emprego.
Além da criação de emprego, a NAER espera um aumento da procura de mão-de-obra qualificada, aumento de salários e da formação.
Para a economia local, o aeroporto deverá atrair novas actividades, aumentar da procura de bens e serviços locais e regionais, novas redes de telecomunicações, ligação para abastecimento de gás natural, novas redes adutoras de água.
A NAER inaugurou a exposição e realizou hoje uma sessão de esclarecimento onde apresentou o projecto na presença de uma centena de habitantes locais.
De acordo com a NAER (Novo Aeroporto Sa), trata-se de um aeroporto de dimensão internacional o que irá promover "o desenvolvimento económico de toda a região, atraindo investimentos e beneficiando as populações".
Um desenvolvimento potenciado também pelas novas infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias que deverão encurtar o tempo e a distância entre o concelho e a capital que ficará a 20 minutos de Lisboa, através da linha de alta velocidade.
Com a linha de alta velocidade, o concelho de Azambuja ficará a 20 minutos de Lisboa (Estação do Oriente), 35 de Coimbra, 48 de Aveiro, 63 do Porto e 45 de Setúbal.
Os novos acessos rodoviários permitirão deslocações de carro a Lisboa em 35 minutos.
O novo aeroporto vai situar-se numa vasta área de 1800 hectares até agora ocupada por floresta, zonas agrícolas e de exploração de inertes.
Para a NAER, a dimensão internacional do aeroporto gerará também a construção de hotéis, centros e congressos, centros de inovação e conhecimento e zonas de actividade empresarial nos diversos sectores da economia. "

Coligação de direita de novo na net

A coligação Ambientalista de Direita de ideologia Républicana e Monárquica está de volta à net...
www.pelanossaterra.net

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Alenquer: I Semana da Juventude de 13 a 19 de Março

Colóquios, debates, teatro, poesia, pintura, desportos radicais, aventura, peddy papers, fotografia, demonstrações e muita música e animação com DJ’s e actuações de bandas do concelho e de um dos grupos revelação do panorama nacional, os Squeeze Deeze Pleeze. Estes são alguns dos ingredientes da I Semana da Juventude de Alenquer que se irá realizar entre 13 e 19 de Março.O evento está a ser organizado pelo pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Alenquer e pela recém criada Comissão Municipal da Juventude (CMJ). Uma comissão nascida em Janeiro e constituída por representantes do associativismo juvenil, formal e informal, e não só, que aceitaram o repto do vereador responsável pelo pelouro, José Manuel Catarino (CDU), de se unirem para a definição e concretização de políticas para a juventude.O primeiro grande teste e desafio desta parceria será a concretização da I Semana da Juventude no concelho de Alenquer em Março, o mês em que se comemora o dia do Estudante (24 de Março) e o dia da Juventude (28 de Março).Entre os dias 13 e 19 desse mês estão programadas já diversas iniciativas descentralizadas pelo concelho. Sábado, 18 de Março, será o “dia grande” com as iniciativas concentradas exclusivamente no Fórum Romeira. Esse dia vai terminar com a actuação de algumas bandas do concelho e antes do pano descer, os Squeeze Theeze Pleeze sobem ao palco para tocar certamente músicas tão conhecidas do público jovem como “Ode to a child (Bea)” - tema incluído na novela brasileira “New Wave”-, “Living like a Zombie” e o single do novo disco da formação de Cantanhede, “Hi, hello (my name is Joe)” que roda diariamente na telenovela da TVI Morangos com Açúcar.A entrada em todas as iniciativas, incluindo o concerto dos Squeeze Theeze Pleeze, é totalmente gratuita.
NM

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Rádio Alenquer na net

A RVA já emite on-line

sexta-feira, janeiro 27, 2006

As presenças na Comissão Municipal de Juventude

Quero hoje defender os que aqui costumo visar, mas entendo que as pessoas não devem ser atacadas injustamente.
Na passada terça feira reuniu a comissão municipal de Juventude, promovida pelo Pelouro da Juventude (que existe), onde, entre outros, estiveram membros da JS, JCP e JSD.
Ao contrario do que alguem afirmou no blogue dos laranjinhas, e a menos que a Ana Neves já não faça parte da JSD, essa juventude partidária também esteve presente.
Quanto à acusação do Afonso de que esta comissão não venha a servir para nada, e apesar deste pelouro estar entregue à CDU, quero convidar o caro conterrâneo a estar presente na semana da Juventude, numa organização do pelouro que esse vice líder juvenil afirma não existir...

O que é afinal a social democracia...


Após uma breve leitura do blog da JSD de Alenquer quero apenas esclarecer algumas pessoas que pelos vistos não sabem no que acreditam:
A Social Democracia é uma ideologia que surgiu em fins do século XIX e início do século XX por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem revoluções, mas por meio de uma evolução democrática. A ideologia social-democrata prega uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário, geralmente tendo em meta uma sociedade socialista.
A Social Democracia tem suas raízes na ideia de Karl Marx que seria possível, em certos países, estabelecer o comunismo ou socialismo por uma revolução pacífica e democrática. Essa ideia tambem foi avançada por Friedrich Engels e principalmente por Karl Kautsky.
A Internacional Socialista definiu a Social Democracia como forma ideal de democracia representativa, que pode solucionar os problemas encontrados numa democracia liberal, enfatizando os seguintes princípios para construir um estado de bem estar social:
Primeiro, a liberdade inclui não somente as liberdades individuais, entendendo-se por "liberdade" também o direito a não ser discriminado e de não ser submisso aos proprietários dos meios de produção e detentores de poder político abusivo.
Segundo, deve haver igualdade e justiça social, não somente perante a lei mas também em termos econômicos e sócio-culturais, o que permite oportunidades iguais para todos, incluindo aqueles que têm desigualdades físicas, sociais ou mentais.
Finalmente, é mister que haja solidariedade e que seja desenvolvido um senso de compaixão para vítimas da injustiça e desigualdade.

sábado, janeiro 07, 2006

ESCOLHER UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA

As próximas eleições destinam-se a escolher um Presidente da República e não um Primeiro-Ministro.

No nosso sistema constitucional, o Presidente da República deve ser um moderador, um congregador, um árbitro, um regulador político, um provedor e uma referência permanente para os cidadãos, a Nação e o Estado.

As funções de um Presidente da República são eminentemente políticas e, por isso mesmo, as qualidades que se exigem dele são sobretudo, políticas.

Um Presidente da República deve ter experiência de poder e capacidade para unir e concertar, para projectar valores, para mobilizar e para gerar confiança.

Por todas estas razões, um candidato a Presidente da República te+m o dever de demonstrar que está nas melhores condições para exercer o cargo, por ter uma noção rigorosa das funções e uma história política que prova a capacidade para as desempenhar.

Para escolher um Presidente da República, a biografia política de um candidato também conta. E não há biografia sem História.

NÃO HÁ HOMENS PROVIDENCIAIS

A crise económica é um dos principais problemas do País. Para vencer a crise, é preciso crescer mais e melhor. Mas atingir esse objectivo não depende de um só homem, providencial e ambíguo. Muito menos de um perito em Finanças, com uma visão estreita e economicista, na chefia do Estado.

Depende, antes de mais, do Governo, da solidariedade institucional entre órgãos de soberania e, sobretudo, da vontade e empenho dos portugueses.

O Presidente da República tem de ser um político competente, sabedor e experiente. Não é, nem tem de ser um especialista.

Tem de garantir ? isso sim ? a fiscalização pública das políticas do Governo, estimulando a expressão das diferentes opiniões. Tem de defender os direitos de oposição. Tem de assegurar que há transparência nas decisões e na utilização dos recursos do país. São essas as funções essenciais de um Presidente da República.

EM POLÍTICA NINGUÉM TEM RAZÃO SOZINHO

O candidato da direita invoca permanentemente o seu passado e as suas realizações, reivindicando a exclusividade dos méritos. Mas omite sistematicamente os erros e omissões pelos quais é responsável, tal como os tabus em que se refugiou e os silêncios a que se remeteu. Isto é um claro sinal da sua arrogância, auto-suficiência e presunção.

E no entanto, foi o Governo do Bloco Central, chefiado por Mário Soares e constituído pelo PS e pelo PSD, que garantiu a adesão à C.E.E. (hoje União Europeia), que restabeleceu o equilíbrio das contas externas e recuperou a credibilidade internacional do País, transmitindo a melhor e mais rica herança que algum Governo alguma vez recebeu, em Portugal, no século XX.

O candidato da direita também esquece propositadamente que, quando foi primeiro-ministro, beneficiou de condições políticas únicas, de estabilidade e equilíbrio institucionais, que lhe foram proporcionadas pelo então Presidente da República Mário Soares.

EM POLÍTICA É PRECISO SABER UNIR

O passado político intermitente do candidato da direita demonstra que ele não é capaz de congregar equipas, de preparar sucessores e de gerar continuidade. Tal como um eucalipto, seca tudo à sua volta. Secou o seu próprio partido. Só sabe existir sozinho. Nunca governou em coligação e saiu de cena quando pressentiu que não conseguiria obter nova maioria absoluta. Desfez o tabu e fugiu.

Em contrapartida, Mário Soares chefiou um Governo com apoio minoritário e dois Governos de coligação, uma com o CDS/PP e outra com o PPD/PSD. Quando foi eleito Presidente da República pela primeira vez, o País estava praticamente dividido ao meio e ele soube congregá-lo, mobilizá-lo e uni-lo. Cinco anos depois, foi reeleito por mais de 70 por cento dos votos, designadamente com o apoio do próprio partido chefiado pelo então primeiro-ministro e hoje candidato da direita.

Caso para perguntar: Quem está em melhores condições para unir, mobilizar, moderar e arbitrar? Quem esta em melhores condições para voltar a ser de facto, o Presidente de todos os Portugueses?

EM POLÍTICA É PRECISO SER CLARO E FRONTAL

O candidato da direita e frequentemente ambíguo e dissimulado. Para além dos silêncios e tabus que todos lhe conhecemos, nem sempre diz o que pensa e, as vezes, não pensa nas consequências daquilo que diz. Afirma que a sua candidatura é suprapartidaria e esconde os dirigentes do PPD/PSD e do CDS/PP que o apoiam, como se a candidatura não estivesse a ser preparada já há muito tempo, em articulação e com a colaboração do seu partido. Evita posições claras e frontais sobre questões difíceis, como a guerra do Iraque, o Orçamento de Estado, as políticas do Governo e as reivindicações corporativas. Promete resolver tudo, mas não diz como, nem porquê, nem com que poderes ? que o Presidente da República não tem, porque não estão inscritos na Constituição.

Ora, o Presidente da República deve ser sobretudo, um factor de união, de moderação, de estabilidade e de equilíbrio, situando-se acima dos partidos políticos e das instituições da sociedade civil, garantindo a normal e saudável concorrência entre eles.

A história, a prática política e as provas concretas que já deu, valorizam Mário Soares para o desempenho destas funções. Tem uma experiência ímpar, esteve sempre presente nos momentos mais difíceis, nunca se eximiu a dar as suas opiniões, nunca virou a cara às dificuldades e desafios, foi capaz de governar o País em tempos de crise económica e política muito complexos, foi capaz de unir, de congregar, de mobilizar e de constituir equipas. Soube sempre concentrar-se no essencial ? e essa é, seguramente, uma das mais importantes qualidades de um dirigente político. Mário Soares tem, por isso mesmo, todas as condições indispensáveis para ajudar a devolver a confiança aos Portugueses e para ajudar a reforçar a confiança em Portugal.