segunda-feira, setembro 13, 2004

IVG - Sim ou não e em que condições?

Numa altura em que tanto se fala de IVG e da posição do estado português em relação ao "Barco do Aborto", parece-me que é importante relançar o debate sobre a IVG.
Queria deixar algumas considerações a debate...
1º - Será que o Aborto não existe em Portugal?
2º - Quantas portuguesas entram todos os dias nos hospitais portuguesas por uma IVG ilegal não ter resultado da melhor forma?
3º - Será que não se trata de um caso de saúde pública?
4º - Porque é que será que uma mulher portuguesa em vez de pagar a uma qualquer parteira da desgraça, não o pode fazer numa clínica privada com todas as condições necessárias para a manutenção da sua saúde?
Ficam as questões, aguardo as respostas...

2 comentários:

Anónimo disse...

Respostas:
1 - Sim existe.
2 - Provavelmente mais do que eu ou tu possam imaginar.
3 - Trata-se principalmente de um caso de educação pública.
4 - "Com todas as condições necessárias para a manutenção da sua saúde" da mulher como é óbvio (e muito importante), porque o feto...

Todas essas questões são bastante pertinentes e deixam a pensar qualquer pessoa, quer ela seja a favor ou contra a IVG. Agora coloco outras que penso, também serem importantes:

1 - Não se estará a tentar tornar a IVG em mais um método contraceptivo?

2 - Não seria importante investir em mais campanhas de sensibilização e de divulgação de métodos anticoncepcionais?

3 - Não se estará a banalizar o aborto, como se se tratasse da remoção de um sinal, por exemplo. Feto é um ser vivo ou um acessório?

4 – A morosidade da aplicação de leis e o mau funcionamento dos mecanismos que as accionam não serão também uma das principais causas do Aborto clandestino em Portugal? Por exemplo, como consegue provar uma mulher que foi violada em tempo previsto pela lei para poder fazer um aborto legal?

5 – Não é verdade que existem médicos que se recusam a fazer abortos previstos na lei (malformação do feto, etc)? Não será isso também uma das causas do aborto clandestino?

6 - Porque razão aprovou o governo PS um referendo sem poder vinculativo, sendo que, só veio encrespar e potenciar desavenças? Porque se uns dizem que o povo votou no não, outros dizem que foi vinculativo... no que ficamos? E porque tanta gente preferiu Colombo's e afins ao dever do voto??? Não será um claro cartão vermelho a este país de políticos que só se preocupam com isso mesmo, politica?

7 - Finalmente, porque razão as opiniões sofrem mudanças de 180º quando se passa da cadeira do governo para a da oposição?

Bomber

Nuno Inácio disse...

Caro Bomber,
Sem duvida um belo post, mas prometi a mim mesmo só responder a pessoas devidamente identificadas.
Como não é o caso...
Terás razão em alguns pontos, mas não em todos...