sábado, novembro 18, 2006

Portugal entre os melhores

Os resultados alcançados na luta contra a sinistralidade rodoviária estão a colocar Portugal no topo da Europa. Fomos os segundos melhores nos últimos 12 meses. «É preciso dizer que também somos capaz de ter bons resultados»


A União Europeia estabeleceu como objectivo a redução da sinistralidade rodoviária em 50 por cento para 2010. Portugal é um dos países que está mais perto de chegar a essa meta. As reduções no número de acidentes e mortos nas estradas portuguesas colocaram Portugal no top cinco da Europa.
A 25 de Outubro os principais responsáveis, de cada estado membro, pela sinistralidade rodoviária reuniram-se, em Zurique, para avaliar a prestação de cada país. Entre 2001 e 2005, Portugal foi o quarto país a obter melhores resultados no combate aos acidentes de trânsito. França, Luxemburgo e Bélgica fizeram ainda melhor.
«Estes dados revelam que Portugal tem reduzido a sinistralidade de uma forma sustentada. Estamos acima do objectivo médio da União Europeia», revelou ao PortugalDiário o major Lourenço da Silva, da Brigada de Trânsito da GNR.
Já nos indicadores rápidos, nomeadamente no número de mortos, Portugal está ainda mais à frente. De Outubro de 2005 a Outubro de 2006 os resultados portugueses são os segundos melhores em vítimas mortais. À frente de Portugal só está a Finlândia, que, no entanto, está em 15º nos resultados dos últimos quatro anos.
Há também quem tenha aumentado o número de mortos na estrada. A Eslovénia, a Irlanda e Malta está no fim da tabela. A percentagem média de redução nas vítimas mortais ronda os 8 por cento nos países europeus. Portugal regista valores que rondam «os 18 a 20 por cento. Não há memória de valores assim», contou.
Os bons resultados de Portugal acontecem porque durante anos fomos um dos piores na sinistralidade rodoviária em toda a Europa. «É verdade que a evolução só é possível porque estávamos na causa, no entanto, é preciso dizer que também somos capaz de ter bons resultados e evoluir», sustentou a mesma fonte.


Cláudia Lima da Costa

terça-feira, novembro 14, 2006

Editorial Nova Verdade Edição 733 - 15/11/2006

Quando na segunda-feira acordei, pensei estar a sonhar…
A vila de Alenquer estava com movimento.
As pessoas estavam na rua.
O trânsito fazia lembrar a segunda circular.
Não, não era uma revolução.
Parti em busca da fonte do movimento.
A zona do “Areal” parecia a rua Augusta em dia de saldos…
Continuei em busca de uma explicação para tal, e eis que…
Cheguei ao mercado mensal…
Devido às obras de requalificação da zona da Romeira, a câmara foi “obrigada” a transferir o mercado para a zona do parque das Tílias e para o parque do Areal, numa medida desde logo criticada quer pela oposição quer pelos próprios feirantes.
No entanto, enquanto alenquerense, não critico a medida, bem pelo contrário.
Alenquer ganhou movimento, o comércio também, as pessoas voltaram ao centro da vila, logo a vila presépio parece ter ficado a ganhar.
Já na passada semana outro tema aqueceu a politica alenquerense. A Comissão Municipal de Acompanhamento do novo Aeroporto, reuniu pela primeira vez com a NAER, tendo o presidente desta comissão emitido uma nota de imprensa, que de imediato veio a ser criticada quer pela CPNT quer pela ALAMBI.
Quem também não se esquece do aeroporto é Álvaro Pedro, presidente da Câmara Municipal de Alenquer desde 1976. Em grande entrevista, o autarca dinossauro fala das suas principais batalhas e reflecte sobre o que pode vir a ser o futuro de Alenquer e do município.
Na próxima edição encerramos o ciclo de entrevistas com os presidentes de câmara da nossa área de cobertura, ouvindo Carlos Lourenço, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos.
No que ao desporto diz respeito, o Sport Alenquer e Benfica continua a somar vitórias enquanto a Associação Desportiva do Carregado teima em não “matar o borrego”, ou seja, vencer fora de casa.
Ainda no desporto, destaque para o alenquerense Hugo Vítor, que na próxima temporada regressa ao Boavista com a esperança de voltar a atingir níveis de outros tempos, em especial na Volta a Portugal em bicicleta.

Editorial Nova Verdade Edição 732 - 1/11/2006

No passado dia 16 de Outubro “comemorou-se” um ano sobre as eleições autárquicas de 2005. Por esse motivo, iniciamos nesta edição um ciclo de entrevistas aos presidentes de câmara da região, para o balanço de um ano de mandato.
António Bogalho foi eleito pela primeira vez como presidente de Câmara do Sobral de Monte Agraço com 22 anos. Em Outubro do ano passado, foi eleito pela CDU, para o oitavo mandato. Na hora de fazer o balanço do primeiro ano deste mandato, numa entrevista ao Nova Verdade, o autarca comunista fala sobre os projectos em curso e do que foi feito. Bogalho não se sente um dinossauro da política, e não coloca de parte a hipótese de se voltar a candidatar à presidência no próximo mandato.
Na próxima edição será a vez de Álvaro Pedro fazer o seu balanço.
Também em jeito de balanço, num debate promovido na Voz de Alenquer, PS e CDU afirmaram que ao fim de um ano de gestão conjunta o balanço é positivo. Já a CPNT afirma que existem duas Câmaras em Alenquer – a do PS e a da CDU.
Já no passado dia 28 de Outubro, comemoraram-se os 150 anos dos caminhos-de-ferro portugueses. Neste dia, 75 crianças da Escola Básica Integrada do Carregado viajaram no comboio mais antigo em circulação no país, num trajecto que ligou Carregado a Lisboa, fazendo assim a viagem inaugural do troço Lisboa-Carregado, mas no sentido contrário.
Em Vila Franca foi lançada uma exposição alusiva ao tema. Já Alenquer parece ter ficado a ver passar os comboios…
Talvez tenha sido uma forma de protesto, pelo facto de 150 anos depois, ainda não ter passado do papel, o projecto do Governo do Rei D. Pedro V, que previa a ligação ferroviária ao alto concelho.
Para finalizar quero aqui deixar uma breve explicação. Nos últimos tempos temos recebido algumas cartas, para publicação ou investigação. O problema é que as mesmas nem sempre estão devidamente identificadas – Nome, BI, Morada e Telefone – o que impossibilita os jornalistas de exercerem o seu trabalho, uma vez que incorrem no incumprimento do Artº6º do seu Código Deontológico e que diz o seguinte:
“O jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas.”
Continuamos, obviamente, ansiosos por receber a sua colaboração para levar cada vez mais longe este projecto editorial, desde que possamos cumprir as regras que nos regem.

Editorial Nova Verdade Edição 731 - 15/10/2006

No passado dia 3 de Outubro, a maioria dos deputados municipais de Alenquer recusou uma proposta efectuada pela Coligação Pela Nossa Terra, que pretendia a realização de um referendo local sobre a construção de um aeroporto na freguesia da Ota.
Como argumento para o “chumbo”, os deputados da CDU e do PS entenderam que tal assunto extravasa as competências do poder local e que o mesmo poderia ser “enganoso” para as populações.
Ainda no que à política diz respeito, uma nova polémica parece ter nascido, uma vez que a Câmara de Alenquer e a Junta do Carregado parecem estar em desacordo no nome a dar à nova ponte sobre o Tejo.
A câmara defende o nome de Damião de Góis, a junta defende o nome de Lezíria.
Mas desengane-se quem pensa que a polémica fica por aqui, já que nenhum dos partidos parece ter opinião formada, já que o voto na câmara foi diferente do da junta, e os seus líderes têm também discursos contrários.
Esta polémica deve morrer cedo – vai ser a Brisa a decidir – mas tráz a lume uma discussão interessante, e que passa por tentar perceber, afinal, qual é o peso e influência do Rio Tejo no concelho de Alenquer.
Em termos desportivos, a quinzena voltou a ser bastante fértil.
Sérgio Silva e Duarte Marques trouxeram mais dois títulos para a Sociedade Recreativa do Camarnal. O primeiro venceu no europeu, o segundo no nacional.
O “resistente” Troféu Regional Ralis de Alenquer chegou ao final, numa temporada em que o espectáculo esteve sempre presente apesar do claro domínio de José Merceano.
Todos esperamos que na próxima temporada este magnífico troféu volte às estradas, de preferência com mais apoios do que tem tido, uma vez que o concelho de Alenquer tem ganho, e muito, com esta iniciativa.
Os amantes da modalidade agradecem e Alenquer também.

Editorial Nova Verdade Edição 730 - 1/10/2006

Esta quinzena foi fértil em bons resultados desportivos para os atletas alenquerenses.
Rui Sousa venceu mais uma prova, Sérgio Silva trouxe mais um título para a Sociedade Recreativa do Camarnal, Pedro Lamy venceu o campeonato da Le Mans Endurance Series, Vítor Viçoso revalidou o título de campeão nacional de perícia, Eduardo Henriques brilhou na Meia Maratona ao atingir a terceira posição, logo atrás dos incontornáveis quenianos e a “nossa” equipa de Horseball passou às meias-finais da Taça de Portugal.
Foi, sem dúvida uma quinzena notável para o desporto alenquerense, demonstrando que afinal temos muitos e bons valores no nosso concelho, e que, quando se aposta a sério numa determinada modalidade, os frutos acabam por surgir, com mais ou menos dificuldades.
Podemos também concluir que temos cada vez mais ícones desportivos no nosso concelho, ícones esses que devem ser aproveitados para incentivar os mais jovens a praticar desporto, para que possamos continuar com esta cadência de campeões.
Nesta mesma quinzena, o processo aeroporto conheceu novos desenvolvimentos.
Mário Lino – Ministro das Obras Públicas – afirmou que não existe alternativa ao Aeroporto da Ota, Fernando Rodrigues – Presidente da Assembleia Municipal de Alenquer – convocou a Comissão de Acompanhamento do Aeroporto e uma Assembleia Municipal Extraordinária sobre o tema, a Coligação Pela Nossa Terra apresentou a sua proposta de referendo local sobre o mesmo e agendou uma reunião pública sobre a questão.
Resumindo, o aeroporto entrou finalmente em ebulição, a discussão está lançada, resta agora saber se esta vai levar ou não ao esclarecimento público.
Todos esperamos que sim.
Não posso terminar esta minha odisseia, que é escrever o meu primeiro editorial, sem desejar as rápidas melhoras à “nossa” directora, desejando que a sua pena nos volte a deliciar quinzena após quinzena.